O versionamento semântico, também chamado de SemVer, é um padrão usado por desenvolvedores para numerar versões de softwares de maneira clara e previsível. Ele facilita o entendimento de quais mudanças ocorreram no software e qual o impacto dessas alterações. Basicamente, o SemVer usa uma notação de três números no formato X.Y.Z, onde cada número tem um significado específico.
Estrutura do SemVer
A estrutura do versionamento semântico é composta por três partes:
X (Major): Versão maior. Esse número muda quando há alterações que quebram a compatibilidade com versões anteriores (ou seja, mudanças que afetam o comportamento esperado). Exemplos disso são mudanças de API que podem exigir que outros desenvolvedores modifiquem seus códigos.
Y (Minor): Versão menor. Esse número é incrementado quando são adicionadas funcionalidades novas, mas que são compatíveis com as versões anteriores. Por exemplo, novas funcionalidades ou melhorias que não afetam o funcionamento existente.
Z (Patch): Correção de bugs. Esse número é usado para atualizações que consertam problemas ou erros, sem adicionar novas funcionalidades ou quebrar a compatibilidade com as versões anteriores.
Por exemplo, se você tem a versão 1.4.2:
1 indica uma versão maior (major),
4 indica que quatro conjuntos de novas funcionalidades foram adicionadas,
2 indica que houve duas correções de bugs desde a última mudança.
Por que usar o versionamento semântico?
O SemVer facilita muito o gerenciamento de versões de software, especialmente quando o código é usado por outras pessoas (como bibliotecas ou APIs). Ele deixa claro quando uma atualização vai exigir mudanças no código de quem está usando o software, ou quando é seguro fazer uma atualização sem preocupações. Veja alguns benefícios:
Transparência: Saber o tipo de mudança (bug fix, funcionalidade ou quebra de compatibilidade) de forma clara.
Facilidade de atualização: Quem utiliza o software sabe se a atualização vai exigir mudanças no próprio código.
Colaboração: Quando várias pessoas trabalham no mesmo projeto, o versionamento facilita a organização das contribuições.
Como aplicar o versionamento semântico?
Para usar o SemVer corretamente, siga essas diretrizes:
Comece com a versão 1.0.0 quando o software for lançado publicamente. Versões abaixo disso, como 0.x.x, são para fases experimentais ou de testes, onde não há garantias de estabilidade.
Altere o número Major (X) se as mudanças não forem compatíveis com versões anteriores.
Altere o número Minor (Y) se você adicionar novas funcionalidades, mas mantendo a compatibilidade.
Altere o número Patch (Z) quando corrigir bugs ou problemas menores.
Exemplo prático
Vamos dizer que você lançou uma API na versão 2.3.1. Se você corrigir um pequeno bug, a nova versão será 2.3.2. Agora, se você adicionar uma nova funcionalidade sem quebrar a compatibilidade, seria 2.4.0. No caso de uma alteração grande que muda o funcionamento da API, como remover ou alterar endpoints, você teria 3.0.0.
Conclusão
O versionamento semântico é essencial para manter a organização de projetos e facilitar a vida tanto dos desenvolvedores que mantêm o software quanto de quem utiliza. Ele cria uma linguagem comum para que todos entendam rapidamente o impacto de uma atualização e ajudem a evitar surpresas indesejadas.
Se quiser saber mais detalhes, confira o site oficial do SemVer.